Pensamentos líquidos 39

The phenom

Fiz, este fim-de-semana, uma coisa que não fazia há demasiado tempo. Passei duas manhãs a ver provas de natação. E nada melhor que uns Campeonatos do Mundo. Melbourne.

Na natação não há as palhaças que há nos campeonatos do mundo de futebol, por exemplo. Na natação, tudo é talento e trabalho. Não há sorte, para além daquela incontornável: ou se nasce com condições morfológicas muito boas ou diz-se adeus à natação de alto nível. Mas tudo o resto é trabalho.

Podia tentar contornar o fenómeno Phelps, mas porquê? Não faz sentido; ele é muito mais do que um produto de marketing, é um atleta incrível. 7 medalhas de ouro, o almejado sucesso à Mark Spitz, mas numa altura em que a competição estabilizou a um nível constantemente elevado. E não fosse a desqualificação na estafeta de 100m estilos com uma partida demasiado cedo do Ian Crocker, estou convencida que agora o Phelps transportaria 8 medalhas de ouro. Isto é tudo menos sorte. Isto é o resultado de horas e horas de treino de água, de treino de força, de treino de flexibilidade. De esforço.

Por isso, escolhi a prova em que o Michael nem bateu o record do mundo, mas na qual, nos centimetrozinhos finais usurpa a vitória ao Ian Crocker.

Watch and learn. Quando for grande, vou fazer viragens assim.


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