Apontamentos fugazes 209


Relativização necessária

«Quando estiveres a ponto de te preocupar com merdas, os dilemas da poesia portuguesa contemporânea, o IRS, o código do multibanco, os carros que te roubam o estacionamento, a falta de rede no telemóvel, as reuniões de condomínios, o tampo da sanita, lembra-te dos homens que puxam riquexós nas ruas de Deli. É essa a tua obrigação.
Nunca te esqueças do mundo, Zé Luís.
Podes estar descansado, Zé Luís. Eu não me esqueço.»

José Luís Peixoto, ‘Texto para mim’, em «Abraço», Quetzal, p. 565

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