Poemas 49

Sei lá

Sei lá o que fazer à vida,
estes dias que a morte me empresta,
como se fizesse um favor.

Sei lá como preencher os dias
quando todas as opções estão erradas
e não existe uma saída.

Sei lá onde achar respostas
depois de tanto procurar
e esmiuçar possibilidades invisíveis.

Sei lá como me perpetuar
se nem quero uma reencarnação
e as palavras não são suficientes.

Sei lá como achar um sentido
Se a única conclusão que retiro
É não poder existir sentido algum.

[Junho de 2015]